sexta-feira, 16 de julho de 2010

Conversa com... Digão

“Já atravessei bastantes desafios, venci sempre e este é mais um para vencer”.


O futebolista brasileiro "Digão" (nome futebolístico), foi a grande surpresa na apresentação do plantel do FCPenafiel, para a época que se avizinha. Não só pelos 1,94 metros, mas principalmente pela ligação familiar à vedeta merengue Káká.
Ainda ligado ao clube italiano AC Milan até 2013, Digão representa por empréstimo o clube duriense por uma temporada.
O jornal Imediato falou com o próprio. Numa conversa embalada pelo samba das palavras brasileiras o defesa central penafidelense, irmão de um astro canarino, falou do passado, presente e também futuro, revelando tino e dedicação no mundo da bola.
Várias foram as certezas, mas uma ficou quando se lhe pergunta o que é para si o futebol. A minha vida… responde ele.

1.Como nasceu o gosto e o interesse pelo futebol?
Desde pequeno eu nasci num lugar onde sempre jogávamos futebol, eu e o meu irmão Penso que no Brasil, assim como também em Portugal, quando um menino nasce lhe dão uma bola.

2.Essa sua ligação ao mundo do desporto rei deve-se a alguém em especial? Alguma influência?
Não. Nenhuma influência para ingressar no mundo do futebol. Nasceu comigo o gosto.

3.E como surgiu o convite e o seu ingresso no FCPenafiel?
Aconteceu através do Dill, que é um amigo e que jogou com o meu irmão. Ele me falou deste clube, entrou em contacto e eu vim através da intervenção dele.

4.Talvez ainda seja cedo para se falar, no entanto o que nos pode dizer do que sente no seio do balneário penafidelense?
Ainda é um pouco cedo, mas sim, sem dúvida, eu gostei do ambiente, dos jogadores, do treinador e do objectivo de trabalhar. Adaptei-me muito bem.

5.E que certezas pode dar aos adeptos penafidelenses no que diz respeito à sua atitude e entrega ao vestir a camisola rubro negra?
Em relação ao meu trabalho é que eu me vou dedicar não a 100, mas sempre a 110%. Irei dar sempre o meu máximo possível, dentro de campo sempre a mesma dedicação e com a máxima de vontade. Porém, um resultado não depende de um jogador, mas sim do grupo. Eu acredito que este grupo irá conseguir bons resultados.

6.E como têm sido os primeiros tempos em Penafiel e no País?
Tem sido bons, só as bolhas que me têm atrapalhado um pouco os pés, mas de resto têm sido bom. A cidade é muito legal, é uma cidade pequena mas muito organizada e Portugal gostei também bastante.

7.Até onde pretende levar o nome do clube que representa actualmente?
Em relação a isso, a gente irá degrau por degrau.

8.Dentro das quatro linhas como se caracteriza enquanto jogador?
Pela minha altura, sou um jogador forte nas bolas altas. Um jogador que marca muito de perto e agressivo.

9. A um nível mais pessoal, já é do conhecimento de todos que é irmão da vedeta merengue Káká. Sei também que foi responsável pela alcunha dele, pode contar um pouco mais dessa história?
Foi, quando eu era pequeno não sabia falar Ricardo, aí eu cresci chamando Káká. E foi assim que ficou.

10.Como é a vossa relação, estão em contacto muitas vezes?
Sim sim, todos os dias nós falamos. É um contacto mesmo de amizade. Nós conversamos sempre, quer seja por telefone ou por internet.

11. Que semelhança existe entre o Digão e o Káká?
Dentro de campo digamos que nenhumas porque ele é um atacante e eu um zagueiro (defesa central). Não tem nada a ver. Agora fora de campo eu sempre procurei ser uma pessoa, que tal como ele é, tranquila mas que sempre trabalhamos muito sério.

12.E uma possível vinda do Káká a Penafiel, é algo que os penafidelenses podem esperar?
Bom, aí eu não sei, depende do calendário. Ele sempre me visitou, sempre veio nos dias de folga. É muito difícil que ele tenha um dia livre mas se ele tiver com certeza ele vem.

13.É irmão de um jogador com uma projecção mundial muito grande. Sente-se um privilegiado no mundo futebolístico devido a tal facto?
Sim, com certeza. Sempre vivi com o Káká as vitórias e títulos que ele teve. Estar perto dele faz-me viver muita coisa no futebol e ser um privilegiado sim. É sempre bom conviver com muitas vitórias.

14.Logo a seguir à vinda para o Penafiel os títulos dos jornais eram muitos deles idênticos a: “Irmão do Káká no FCPenafiel”. Como reage a isso? Não o incomoda esse facto de referirem o nome do seu irmão e não tanto o seu nome?
Isso para mim não muda nada, não levo em consideração essas coisas. Para mim eu sou o Digão, ele é o Káká. O que interessa é a nossa relação, agora o que escrevem isso para mim, e volto a repetir, não muda nada.

15.O futuro está sempre mais próximo do que aquilo que pensamos. O que é espera e anseia ver chegar?
De futuro eu penso só no campeonato. Estou aqui agora e só depois a gente pensa no que possa vir.

16. O Digão é ainda um jogador jovem. Quais são os seus maiores sonhos e as suas maiores ambições, no mundo do futebol?
A minha ambição é voltar a jogar num team grande, de grande expressão. E jogar na Europa sempre foi um dos meus sonhos.

17.Considerasse um vencedor pessoal e profissionalmente?
Sim, bastante. Apesar de ser muito jovem já atravessei bastantes desafios, venci sempre e este é mais um para vencer.

18.E quando se tem o infortúnio de ser vencido?
A gente tem de levantar a cabeça, surge um desafio de novo, e aí vence.

19.Para além de uma paixão, acredito eu, o que é para si o futebol?
O futebol é… a minha vida.




Publicada no jornal Imediato de dia 16.07.2010, de Penafiel.

1 comentário:

  1. Vamos ver a peça que este nos saiu...:)
    Em termos de publicidade e marketing , Penafiel ja sai a ganhar visto que so se fala no irmao do Kaká no Pena. E isso é que me assusta porque no Digão em si, na qualidade do jogador nadinha.
    Mas..... veremos-.
    Força Penafiel

    ResponderEliminar